sábado, 24 de março de 2007



QUANDO COMECEI A AMAR
22/04/2006

Este é uma pequena homenagem as minhas professoras do primário. Eu nunca as esquecerei, tenho certeza que todas quiseram casar comigo, mas infelizmente eu era feinho, nerdinho, pobrinho e ainda por cima um metidinho a poetazinho. (Era?). Estudei nesta época de 1974 a 1978 no colégio Visconde de Sepetiba, em Magé no Estado Rio de Janeiro, não havia melhor lugar pra um menino estudar. Obrigado de Coração. E a claro também uma homenagem a uma pessoa muito especial, Sim! Isso mesmo, a ela, a Claudinha. Onde quer que ela esteja, que esteja muito feliz. Há parece que tiraram fotos nossas dançando naquela quadrilha, eu não tenho, mas Claudinha se você leu este poema, tem alguma foto e ainda não me cortou delas, manda pra mim por E.mail. rsrsrSeu amigo de sempreWill .


Para amar não é preciso ter idade.Eu comecei a amar no ventre,Me apaixonei pela placenta da mamãe,mas ela disse que: __Não sou para o seu bico, menino.Depois pela enfermeira da vacinação.Mas aí ela exclamou: __ Sou vacinado contra pirralho!Mais tarde me apaixonei pela ``tia`` Anete, minha professora da primeira série primária, pra ela fiz meu primeiro poema, como recompensa me deu umabraço de trinta e quatro minutos e meio. Me sentava no colo pra ver os jogos da seleção brasileira de mil novecentos e setenta e quatro, mas infelizmente, antes que eu casasse com ela, passei pra segunda série.Ah! mas na segunda série, tive uma professora loira de olhos claros, seu nome `tia`` Dalva, que não era como a ``tia`` Anete, mas como eu gostava daqueles olhos, mas este, foi amor secreto, toda as vezes que ia me declarar, o sinal dizia a todos que já era hora de ir pra casa. E quando menos percebi, já era a terceira série. Então veio a ``tia`` Luísa , Ai! Ai! De todas a mais doce, como não me apaixonaria? Minha vida era olhar pra ela, de quando entrava na sala até quando saía, Fazia corações na lousa só para vê-la rir, e ela sempre ria. Mas a quarta série chegou e lá se foi a Luísa, e veio, séria mas carinhosa, a Dª Odiléia, já não era mais ``tia`` , era ``dona``, e daí, minha alma de poeta não se importava, a amei de paixão, foi ela que me fez apaixonar por algo que não entendia muito bem, a língua portuguesa. Mas nunca tive coragem de dizer a ela o quanto a amava, não sei ela entendia o quanto eram suspeitos aqueles abraços que eu lhe dava ( aqueles que eu aprendi com a Tia Anete, de trinta e quatros minutos e meio!). Veio então o ginásio, e com ele meu coração se dividiu, entre os vários professores novos, voltaram a ``tia`` Anete ensinando de Educação Artistica e Dª Odiléia, ensinando Português, se eu já achava que amar era complicado, agora minha cabeça deu um nó, e como meu coração não tinha Analista, ele tirou as professoras e colocou outra na lista.Na quinta série, na sala 503, a mais querida do Colégio Estadual Visconde de Sebetiba, em Magé, no Rio de Janeiro, meus olhos contemplaram a figura mais linda do universo até aquele momento, `Claudinha`. Naquele instante, com meus dez anos de idade bem vividos, três já, como poeta, minha inspiração ficou mais viva. Claudinha era, disparada, a mais linda moça do colégio, do mundo inteiro, e tinha um perfume que me fazia voar, eu sentava do lado dela, filha de um advogado, se não me engano, ela usava um brilho labial que a fazia brilhar, deixei um versinho pra ela, ela leu, riu e foi sentar longe de mim. Naquele dia, aprendi o que era sofrer uma desilusão amorosa. Mas prossegui avante, e ela sempre fugindo de mim, afinal de contas, era feinho, nerdinho, pobrinho e ainda por cima um metidinho a poetazinho.Mas Deus estava reservando um momento inusitado pra nós dois, eu me inscrevi pra participar da quadrilha de festa junina da escola, e quando participava dos ensaios, a dança não dava certo, por que eu era pequeno demais(Era?). E os restante dos alunos que se inscreveram eram todos gigantes, na hora da coreografia do túnel, a coisa ficava feia, então os organizadores me disseram: __ William sua parceira é grande, todos são grandes, vamos te colocar na quadrilha do primário. Na hora fiquei muito frustrado, mas quando cheguei meio triste no ensaio da quadrilha do primário, havia uma garotinha, baixinha também, esperando um par, sabe quem era? sim! Ela mesma, a Claudinha. Ual!!! Meu coração bateu mais forte, e ela nem podia que imaginar que dançaria com o grande amor da sua vida. Que ensaios maravilhosos, chegava uma hora mais cedo, só pra receber, sim! Ela mesma, a Claudinha. Com certeza desde a placenta da minha mãe, foi a minha maior conquista! O dia da dança na festa junina da escola, foi demais, Eu e, sim! Ela mesma, a Claudinha! O que aconteceu depois, bom, Claudinha, de julho a dezembro, sentou o mais longe de mim que podia. E o ano acabou, comigo, fazendo poemas e apaixonado, sim! Por ela mesma, a Claudinha. Assim acabaram os anos no Rio de Janeiro, que continua lindo, e mudei-me para Ibitirama, interior do Espírito Santo. Carreguei comigo todas as minhas paixões da infância, mas tudo ficou mais poético na minha adolescência. Foi assim... Ibitirama era um lugarejo maravilhoso, onde moravam meus avós Manoel e Petronilha, mas esta história eu conto em outra poesia!

fim

2 comentários:

Tudo é Possível disse...

Realmente elas devem estar honradas de ter esse prestígio seu!!!
Como esquecê-las, já que fundamentalizaram a primeira educação!!!
Abraços

Marcela de Paula disse...

Rãn Rãn quantas Tias ein!

Meu Deus memória ótima :)!

Saudades!

God bless u :P

ps: Se não lembrar de qual Marcelinha (Eu era da Rhema).

beijO :*