sexta-feira, 18 de junho de 2010



COLHEMOS O QUE PLANTAMOS
Por: William Vicente Borges

Colhemos o que plantamos
E é assim a vida inteira

Há quem semeie vento
Para colher tempestade

Há quem semeie dúvida
Para colher desconfiança

Há quem semeie espada
Para colher morte

Há quem semeie angústia
Para colher dor

Há quem semeie ira
Para colher rancor

Há quem nada semeia
Para nada colher

Há ainda quem semeie de tudo
E de tudo sofre um pouco

Há os que semeiam boas sementes
E é fato que quem anda
Semeando e chorando
Trará com alegria seus feixes

São os que semeiam nos campos
Da maldade sementes de bondade

São os que semeiam nos campos do ódio
As sementes do perdão

São os que semeiam nos campos da tristeza
As sementes da alegria


São os que semeiam nos campos da dureza
As boas sementes da ternura

São os que semeiam nos campos da dúvida
As sementes eternas da fé

São os que semeiam nos campos do desespero
As sementes da esperança.

São os que semeiam nos campos do ódio
As ternas sementes do amor .

E é assim que se brotam nos corações
A vida que tanto precisamos para viver.

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Outono de 2010